quinta-feira, 19 de abril de 2012

Com ausência de Bismarque e representantes da UFT, moradores se mostram a favor da alteração

Em audiência pública realizada para discutir a alteração do Plano Diretor de Palmas os 17 moradores que apresentaram propostas se mostraram a favor da alteração. O líder do governo na Câmara, vereador Milton Neris (PR), defendeu que a proposta da audiência é ouvir as necessidades da sociedade e apresentou o projeto e as mudanças de leis. O vereador Bismarque do Movimento (PT) nem representantes da UFT compareceram a audiência e o vereador Fernando Rezende (DEM) considerou a ausência da instituição um ato não justificado. Já Neris, em resposta a recomendação do MPE para que a audiência fosse suspensa, afirmou que todas as ações da Câmara obedecem à legalidade da Constituição.
Redação 
Lourenço BonifácioMoradores de mostraram a favor da alteração do Plano Diretor
Moradores de mostraram a favor da alteração do Plano Diretor
Os 17 moradores que falaram na audiência pública que aconteceu na noite desta quarta-feira, 18, para discutir sobre a alteração do Plano Diretor de Palmas apresentaram propostas a favor das modificações. O líder do governo na Câmara e relator do projeto, vereador Milton Neris (PR), afirmou que o principal objetivo da audiência é ouvir as necessidades da sociedade. “Vamos ouvir e analisar as propostas e isso faz com que seja decido o melhor para nossa cidade, confiante das necessidades para fazer a votação” afirmou Neris.
Durante a audiência foram abordados a delimitação do perímetro de área de influência das rodovias que abrange as áreas de terra que vão da rodovia TO-010 até o Ribeirão Taquarussu Grande, regulamentação dos loteamentos consolidados fora do perímetro urbano, que inclui a estruturação das áreas como o setor Santo Amaro, Lago Norte e Santa Fé.
Explicação
Na ocasião Walfredo Antunes, assessor técnico da Câmara, mostrou um vídeo e apresentou slides que explicavam as alterações propostas no projeto enviado pelo Executivo. Antunes reforçou o que Neris já havia falado e explicou onde se aplicava as leis e suas alterações nos artigos 19 e 43 da Lei Complementar nº155/2007, que trata das APM´s e Áreas verdes e também nos artigos 81 e 82 da mesma lei que trata da outorga onerosa, que é a concessão que o município emite para que o proprietário de um imóvel edifique acima do tamanho de seu lote.
Moradores se manifestam
O começo da audiência foi marcado por muito barulho, gritos e apresentação de cartazes, trazidos por movimentos sociais e membros do Comitê Contra a Expansão. Na ocasião, o presidente da Câmara, Ivory Lira (PT), pediu ordem e respeito. “Todas as manifestações devem ser consideradas e é preciso manter a ordem e o respeito”, ressaltou Lira. Logo em seguida ao início da audiência muitos deixaram o local e nenhum dos manifestantes apresentou proposta que justificassem a opinião contrária.
Após serem debatidas as mudanças, foi aberto aos moradores espaço para exposição de propostas. 17 moradores fizeram o uso da palavra e por unanimidade todos se mostraram a favor da alteração do Plano Diretor. Na maioria nos discursos foi ressaltado a importância da legalização das áreas que ultrapassam o perímetro urbano. Segundo os moradores, as alterações previstas irão trazer benefícios, condições de infraestrutura e moradia.
De acordo com Aparecido Braz Anastácio, morador do setor Lago Norte, a expansão já existe e o que deve agora é ser regularizada. “A expansão já foi feita em diversas partes de Palmas. Isso é fato. Agora cada família ter direito de regulamentar essa situação”, afirmou.
Sem representantes
Nenhum representante da Universidade Federal do Tocantins- UFT, responsável por apresentar 13 propostas contra a expansão esteve presente na audiência. O vereador Fernando Rezende (DEM) explicou ao Site Roberta Tum que considerou o ato não justificado, já que esse seria o momento para discussões. “Esse seria o momento para discutir de forma democrática, a UFT apresentou anteriormente propostas para retirar o projeto e hoje não apareceu. Os motivos não foram justificados. Aqui ouvimos a população, não vamos dar continuidade a alguns erros já iniciados, mas queremos melhorar e proporcionar condições dignas a cada família de Palmas”, afirmou Rezende.
Devido a ausência da instituição o parecer técnico foi citado pelo relator, mas no entanto não foi lido. O vereador Bismarque do Movimento que também contra se mostra contra a expansão do Plano Diretor de Palmas não compareceu ao evento.
Suspensão de audiências
Ao ser questionado sobre a recomendação do Ministério Público Estadual- MPE para suspensão da audiência, Neris afirmou ao Site RT que todas as ações desenvolvidas estão dentro da constituição e de acordo com a lei. “Sempre tivemos o compromisso de obedecer todos os diplomas legais que corresponde ao Estadual, Municipal e Federal. Estamos dentro da legalidade e todas nossas ações são desenvolvidas de acordo com a constituição de leis”, afirmou.
Para o vereador Lúcio Campelo (PR), o resultado foi positivo e a participação da sociedade garante que a primeira audiência pública realizada demonstra que os cidadãos presentes buscam por resultados e melhorias. “Nossa preocupação é com cada família da nossa Capital, em levar condições dignas de vida. A participação demonstrou que partilhamos dos mesmos interesses e isso remete também a preocupação com o meio ambiente” ressaltou.
Ficou confirmado a segunda audiência pública marcada para o próximo dia 25, na Escola de Tempo Integral Eurídice de Melo, no Aureny III. (Thaise Marques)

População se manifesta a favor da regularização dos loteamentos da área rural

Dezessete pessoas se inscreveram para falar, durante a primeira audiência pública para discutir mudanças no Plano Diretor de Palmas e todas se manifestaram a favor da regularização dos loteamentos instalados na área rural e na definição de novos perímetros para a cidade. O encontro foi realizado nesta quarta-feira, 18, na Escola de Tempo Integral Padre Josimo. Uma delas defendeu, também, a retomada, pela Prefeitura, dos imóveis da cidade que pertencem ao Estado.
A reunião foi convocada pela Câmara com o objetivo de discutir e ouvir sugestões sobre a delimitação da área de influência das rodovias e mudanças nos artigos do Plano Diretor que tratam das Áreas Públicas Municipais (APMs) e Áreas Verdes, além da outorga onerosa e a regularização dos loteamentos consolidados fora do perímetro urbano de Palmas, conforme edital publicado em jornal de grande circulação.
A mesa foi composta pelo presidente da Câmara, Ivory de Lira (PT), pelos vereadores Carlos Braga (PMDB), Jucelino Rodrigues, Fernando Rezende (DEM), Lúcio Campelo (PR), Milton Neris (PR), Folha (PTN), Cavalcante (PSDB), Divina Márcia (PTN) e Damaso (PR); o procurador-geral do Município, Antônio Luiz Coelho; assessor especial da Câmara de Palmas, Walfredo Antunes; procurador-geral do Estado, André Luís de Matos Gonçalves; presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci-To), Valterson Teodoro da Silva; Epitácio Brandão, representando a Ordem dos Advogados do Brasil, seção Tocantins (OAB-TO), e pelo defensor público Arthur Luiz Pádua Marques. Nenhum representante da Universidade Federal do Tocantins (UFT) compareceu para expor as sugestões dos seus técnicos.
Relator dos projetos e da Medida Provisória que trata desses assuntos, Milton Neris leu os projetos e os pareceres, além de todas as correspondências enviadas à Câmara. Em vídeo, a Câmara mostrou a situação atual da cidade, cercada por mais de 30 loteamentos irregulares, instalados na área rural, a poucos metros do perímetro urbano, sem infraestrutura. O vídeo abordou, também, a ocupação, já existente, na margem das rodovias e o impacto ambiental que causa à cidade. Destacou, ainda, imóveis verticais acima dos limites permitidos por lei e que, com a outorga onerosa, poderão ser regularizados.
Em seguida, o arquiteto Walfredo Antunes expôs os principais problemas urbanísticos de Palmas, entre eles os loteamentos irregulares e os condomínios instalados na área rural.
A vereadora Divina Márcia agradeceu à presença de todos e convidou os presentes para a próxima audiência. Já o vereador Folha abordou a necessidade de garantir o direito de moradia aos cidadãos, regularizando os loteamentos e acabando coma exclusão social.
O vereador Lúcio Campelo lembrou que a expansão urbana já existe do ponto de vista legal, pois a lei que trata do assunto não foi revogada quando da sanção do Plano Diretor, em 2007. Disse que a Câmara está apresentando emendas ao Plano que serão aprovadas se a população concordar.
O relator das propostas, vereador Milton Neris, destacou o problema social dos loteamentos irregulares e sobre a necessidade de unir opiniões da sociedade civil para garantir melhorias na cidade. Informou que a Câmara quer estabelecer regras para corrigir a situação criada pela instalação de centenas de moradias fora do perímetro urbano e que possam promover o adensamento de Palmas.
A próxima audiência está marcada para dia 25, às 18h30, na Escola de Tempo Integral Eurídice de Melo.
Recomendação do MPE
A respeito da recomendação do Ministério Público Estadual(MPE), para que fosse suspensas as audiências públicas desta quarta-feira, 18,e do dia 25, Ivory de Lira, distribuiu a seguinte nota à imprensa:
“Em que pese todo o respeito e consideração que temos pelo trabalho do Ministério Público Estadual (MPE), a Câmara Municipal decidiu não suspender as audiências públicas para debater mudanças no Plano Diretor de Palmas, marcadas para esta quarta-feira, 18, e para o dia 25.
Informamos que foram seguidos todos os procedimentos legais previstos no Estatuto das Cidades para realizar as reuniões, atendendo às orientações do  Departamento Jurídico e das Comissões de Constituição, Justiça e Redação e da de Administração Pública, Urbanismo e Infraestrutura Municipal da Casa.
Além disso, é prerrogativa dos vereadores de Palmas debater e decidir, com a população, temas de grande interesse e importância para a Cidade, como é o caso do Plano Diretor.
Cabe, ainda, à Câmara, como Poder Legislativo, alterar qualquer projeto do Executivo, para adequá-lo aos desejos dos cidadãos.
Assim, certos de estarmos cumprindo a lei e atendendo aos desejos da população por nós representada, convidamos todos os interessados a participar deste debate democrático que tem, como maior objetivo, melhorar a qualidade de vida na nossa cidade.
Nos colocamos à disposição do Ministério Público Estadual para prestar quaisquer informações e documentos relativos ao assunto e que respaldam o nosso posicionamento”.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Vereadores se posicionam contra colocação de famílias da TO em área rural

O vereador Folha (PTN) questionou na sessão desta terça-feira, 17, o fato de a Prefeitura levar para uma área rural, vizinha ao Setor Santo Amaro, as cerca de 70 famílias retiradas de assentamento às margens da TO-010. “Se querem adensar a cidade, por que não colocaram as famílias numa área já legalizada?”
Lembrou que o Lago Norte ainda não tem águas tratada, mas que a Saneatins vai instalar o serviço na área rural para as cerca de 70 famílias ali alojadas. Assim, apresentou requerimento para que o mesmo seja feito no Lago Norte e também no Santo Amaro.
Aproveitou para convidar os presentes para a audiência pública sobre as mudanças no Plano Diretor, marcada para esta quarta-feira, 18, a partir das 18h30, na Escola de Tempo Integral Padre Josimo.
O vereador Carlos Braga (PMDB) também se posicionou a favor de trazer para dentro do Plano Diretor as pessoas que se encontram em áreas ilegais e também contra a transferência das famílias da TO para a área rural. Lembrou que há lugar para elas no Taquari e no Lago Norte, entre outras áreas regularizadas. “Por que não as trouxeram para morar no Plano Diretor?”
Abordou, ainda, a necessidade de preservar o Distrito de Taquaruçu, onde o Estado desapropriou área verde de oito alqueires, com nascentes e cachoeiras, para construção de uma cadeira pública. Instou todas as pessoas que defendem o meio ambiente a procurar o governador Siqueira Campos (PSDB) para convencê-lo a mudar de idéia.
O vereador Lúcio Campelo (PR) também questionou a transferência das famílias da TO para área rural. “É o cúmulo do absurdo garantir espaço ilegal para essas pessoas”, disse o vereador, que cobrou um posicionamento das pessoas que são contra a alteração do perímetro urbano.
O vereador Bismarque do Movimento (PT) disse que não há necessidade de expansão urbana, basta aprovar, na Câmara de Palmas, o Plano Municipal de Regularização Fundiária. “Precisamos aprovar projetos específicos para atender o interesse dos moradores em loteamentos irregulares”, afirmou. Segundo ele, a audiência pública de amanhã não vai discutir a regularização fundiária, apenas a definição da área de influência das rodovias. O vereador Milton Neris (PR) rebateu, informando que a regularização é um dos temas da audiência, conforme edital publicado na mídia.
Sobre a transferência das famílias da TO, Bismarque disse que a ocupação é provisória. Informou, também, que há acordo entre Estado, Prefeitura e Ministério Público para construir habitações populares para elas no local onde foram alojadas, vizinho ao Setor Santo Amaro.
Já Fernando Rezende (DEM)  disse que todos os trâmites legais estão sendo seguidos, no que se refere às audiências públicas para debater mudanças no Plano Diretor. “Não iremos fazer nem aprovar nenhuma lei inconstitucional”, garantiu. “Queremos que se faça um grande plano de regularização, contemplando todos (os loteamentos fora de área urbana).” Sugeriu, ainda, ao Executivo que publique uma nota no jornal, confirmando o que disse Neris: “vai respeitar a vontade da população e a discussão democrática da Câmara de Palmas”.
Milton Neris também instou a população a comparecer à audiência pública. “A sociedade precisa participar. Queremos ouvir os cidadãos de Palmas”, afirmou.
A vereadora Divina Márcia (PTN) apresentou requerimentos para cascalhamento, com urgênica, de ruas da região do Condomínio Polinésia. (Célia Bretas Tahan) 
Foto: Gleydson Medeiros